sexta-feira, 10 de abril de 2009

O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA PÁSCOA

Há mais de dois mil anos atrás, o filho de Deus se fez homem e veio ao mundo disposto a ser o maior exemplo de amor, verdade e humildade que a humanidade conheceria. Os Evangelhos retratam Jesus como um homem cuja vida foi perfeitamente cumprida de acordo com o plano de Deus.

Quando criança, ele era obediente aos seus pais. Sua sabedoria despertava grande admiração por parte dos líderes religiosos no Templo. Após completar trinta anos, serviu a Deus e aos homens através de seu Ministério de Pregação da Palavra e Cura.

Sua proposta de vida não foi entendida por muitos: “Venda tudo que tens, vem e me segue, e terás um tesouro no céu!”.... “Quem não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus”... “Aquele que quiser ser o maior será considerado o menor”... “Os últimos serão os primeiros”... “Negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” Eram mensagens duras, exigiam renúncia e confrontavam os religiosos.

Como entender que o Cristo, filho de Deus, nasceria na mais simples cidade, numa família humilde, sem beleza alguma? Eles esperavam um reinado de glória, que livrasse Israel do julgo Romano. Um líder militar e político... A Resposta de Jesus era: “O meu Reino não é deste mundo... O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos”. (Mat 20:28)

Sua fama foi crescendo e começou a incomodar a elite política e religiosa: principais dos sacerdotes, fariseus, saduceus, escribas, anciãos, Pilatos, Herodes, e o povo, a grande massa de persuasão. Então, sem ter cometido crime algum, foi condenado à morte de cruz. Condenaram este homem e crucificaram-no, ignorando Sua mensagem e todos os Seus propósitos de um mundo melhor. Os últimos dias foram angustiantes: traição, solidão, açoite...

Chegou o dia da Festa dos Pães Asmos, em que importava comemorar a Páscoa. Era uma importante data para o povo Hebreu, pois lembrava o dia em que Israel se libertou do julgo do Egito, ferindo todo primogênito nas casas onde o sangue não fora aspergido nas ombreiras e vergas das portas com um molho de hissopo.

Jesus, pois, enviou Pedro e João, dizendo: Ide preparar-nos a Páscoa para que a comamos. Eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos? Então, lhes explicou Jesus: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem com um cântaro de água; segui-o até a casa em que ele entrar e dizei ao dono da casa: O Mestre manda perguntar-te: Onde é o aposento no qual hei de comer a Páscoa com os meus discípulos? Ele vos mostrará um espaçoso cenáculo mobiliado; ali fazei os preparativos. E, indo, tudo encontraram como Jesus lhes dissera e prepararam a Páscoa.

Chegada a hora, pôs-se Jesus à mesa, e com Ele os apóstolos. E disse-lhes: Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento. Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela se cumpra no reino de Deus. E, tomando um cálice, havendo dado graças, disse: Recebei e reparti entre vós; pois vos digo que, de agora em diante, não mais beberei do fruto da videira, até que venha o reino de Deus. E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós.

Depois foi para o Getsêmani. Ali experimentou a solidão e o fardo pesado de nossa culpa. Provou também da dor de sentir-se abandonado pelo Pai. Como homem expôs o medo das provações iminentes, mas também reafirmou Seu compromisso de fazer a vontade do Pai, tomando sobre Si, na cruz, os pecados da humanidade.

Preso após o beijo do traidor Judas, foi julgado, chicoteado, esbofeteado, golpeado com os punhos e escarnecido, vestiram-lhe uma túnica púrpura, uma coroa de espinhos foi colocada em sua cabeça, sendo levado ao lugar chamado “caveira” ou “gólgota” – uma colina fora de Jerusalém ao lado de uma estrada principal. E como ovelha muda, levada para o matadouro, sofreu sem reclamar. Ali preso à cruz, e rodeado por dois malfeitores, agonizou até a morte!

Por três horas o sol não brilhou, a lua se negou a iluminar a terra, até que o martírio acabou: TUDO ESTÁ CONSUMADO! Houve dor, angústia e escuridão, a terra estremeceu, os mortos ressuscitaram, o centurião exclamou perplexo: Verdadeiramente este era o Filho de Deus! Seguiu-se um pequeno período de total desesperança. Até que ao terceiro dia a vida acontecia: JESUS RESSUSCITOU!

Sua morte e ressurreição dariam um golpe mortal no governo de satanás, e estabeleceriam a autoridade eterna de Cristo sobre a terra. O véu do templo se rasgou, eliminando a barreira entre Deus e a humanidade. Foi a consumação do Reino de Jesus Cristo no céu e na terra.

Ao ler a frase “este é o Rei dos Judeus”, naquela triste tarde, provavelmente poucas pessoas entenderam o verdadeiro significado, mas o conteúdo era absolutamente verdadeiro. Nada estava perdido, Jesus é o Rei dos judeus, dos gentios e de todos nós. Aleluia!

A páscoa existe para nos lembrar deste momento inigualável chamado ressurreição. Ressurreição da vida eterna, da paz, do amor, da alegria, do sorriso, da esperança, dos sonhos. “Mulher, por que choras?” E de uma verdade que está acima dos ovos de chocolates ou até dos coelhinhos da páscoa. Cristo morreu, mas ressuscitou. Ele venceu a vida, a morte, o inferno; foi assunto ao céu e está à direita do Pai, intercedendo por nós!

E fez isso também, para nos ensinar a matar os nossos desejos carnais, e ressuscitar as maiores virtudes no íntimo de nossos corações. Se morremos com ele, com ele também reinaremos! Que este seja o verdadeiro sentido da minha, da sua, da nossa Páscoa. Que possamos encontrar amor, carinho, paz, fraternidade, companheirismo, porque isso, sim, é o verdadeiro sentido da Páscoa. Páscoa também é comunhão

Mas Ele também nos deixou uma grande Missão: “Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura, quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” O apóstolo Paulo parafraseou estas mesmas palavras em Romanos 10:13-15: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquEle em quem não creram? E como crerão naquEle de quem não ouviram? E como ouvirão se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito: quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas.”

Você está disposto a responder ao “Ide”: “A quem enviarei e quem há de ir por nós?” Há três formas de fazer missões: indo, orando e ofertando. Quem sabe, um dia, você será um missionário, talvez seja um intercessor. Mas hoje você terá a oportunidade de fazer missões através de sua oferta.

A Igreja Missionária no Brasil está com os olhos em Moçambique... Este país clama por Jesus e pela miséria que tem tirado o brilho dos olhos destas crianças. São as mesmas as quais Jesus se referia dizendo: “... dos tais é o Reino dos céus.” Abra seu coração nesta hora, oferecendo algo de valor para aquEle que já nos deu tudo.

Dr. Gideão Cabral

Dr. Gideão Cabral da Silva é médico da família da Prefeitura Municipal
de Anastácio-MS, cirurgião geral, perito médico, preletor da Adhonep,
e presidente do Conselho Ministerial da Igreja Missionária de Anastácio-MS

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